quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Era uma vez

Era uma vez um papai Noel
Que vivia ao léu e que tirava o chapéu
Quando a via passar
Era uma vez uma dama da rua
Que ficava na sua, em noite de lua
Pela vida a sonhar
Era uma vez o papel de uma dama
Um Noel sem programa, um saco na lama
E uma bolsa a rodar

Um grito de alerta ecoa no ar
Só ouve quem sabe amar

Era uma vez uma escama da truta
Um filho da dama, um sonar sem escuta
Um menino sem lar
Era uma vez um moleque crescido
Um futuro perdido, um pivete assumido
E uma bolsa a rasgar
Era uma vez uma cidade sem mel
Um natal sem Noel, uma ceia de fel
Um alguém a chorar

Um grito de alerta ecoa no ar
Só ouve quem sabe amar

Era uma vez um prefeito biruta
Uma igreja matuta, um delega na luta
E muito papo pro ar
Era uma vez um sol de primeira
Uma chuva ordeira
Um ar sem fronteira
E um mundo a rodar
Era uma vez uma dama vedete
Um filho pivete, um Noel belisquete
E muita gente a dançar

Um grito de alerta ecoa no ar
Só ouve quem sabe amar


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